Agora que passou a virada do ano, que 2018 se consolidou, o roteiro de férias se abre à sua frente e entre uma pausa do Festival da Virada, que já se foi, e enquanto aguarda a Lavagem do Bonfim, a festa de Iemanjá ou mesmo o Carnaval, que tal um passeio de escuna ou lancha pela Baía de Todos os Santos?
São 56 ilhas espalhadas na segunda maior baía do mundo, circundadas por um mar azul e transparente, de águas mansas e mornas, a esconder recantos paradisíacos e histórico.
Aqui, onde o Brasil começou, tudo é belo, do despertar ao por do sol e põe sol nisso, a banhar esse estonteante litoral e a bela Salvador, primeira capital do país e conhecida internacionalmente pela sua multiplicidade de costumes, crenças e manifestações culturais.
Na maior baía do Brasil, com mais de 1.200 quilômetros quadrados de borda e banhando Salvador e diversos municípios do Recôncavo Baiano, o passeio começa embarcando em uma escuna ou lancha, no Terminal Náutico de Salvador, ou em qualquer uma das inúmeras marinas que a cidade oferece.
Nas agências de viagens há pacotes de todos os preços e para todos os gostos e bolsos. Cada passeio dura de duas a nove horas, com saída pela manhã e retorno no final da tarde, para aproveitar o por do sol,único nesse pedaço abençoado de Brasil.
Os roteiros são diversos, mas é quase que obrigatório a passagem por Ilha dos Frades, a quase duas horas de navegação a partir do Terminal Marítimo. Pequenina, a ilha tem apenas dois quilômetros de orla onde se espalham barracas de comidas típicas e bebidas, além de redes de vôlei.
E ali que está a única praia brasileira que tem o Selo Azul Internacional, por sua balneabilidade e preservação ambiental: a praia de Nossa Senhora de Guadalupe. Nas águas cristalinas e calmas, a estadia de pouco mais de duas horas, permite o banho de mar e a prática de alguns esportes, como o stand up padlle e snorkeling .
Mas as águas transparentes dessa que é também considerada a segunda maior baía do mundo e que encantam e refrescam visitantes de todo o mundo, levam a outros roteiros, entre os quais o que deságua na maior das ilhas, a de Itaparica, imortalizada pelo saudoso escritor, ensaísta e poeta João Ubaldo Ribeiro, que fez dela sua morada. Caminhando por entre mangueiras e amendoeiras, vale à pena conhecer um pouco da história da ilha, berço natural de João.
E se você gosta realmente do mar, reserva dois ou até três dias para conhecer esses paraísos únicos que só a Bahia tem a oferecer no Brasil. Num dos roteiros, por exemplo, as escunas contornam a Ilha de Maré, Madre de Deus, e a Ilha do Medo. Mas tem outros tantos e você pode fazer o seu.
No Terminal Náutico, na Cidade Baixa, o bilhete “tour às ilhas” pode ser adquirido com pelo menos 30 minutos de antecedência, com saída programada às 9h e retorno às 17h30.
Bem, com o bilhete em mãos, chega a hora de embarcar. E a bordo, tudo é festa. Lá são servidas frutas da estação, com destaque para a manga rosa e espada, umbu, cajá, tangerina e outras mais. Mais que um lanche no começo da viagem é um bom dia bem baiano. As frutas, normalmente, estão inclusas no pacote, mas as bebidas não.
O passeio começa contornando o Forte São Marcelo, um dos mais bonitos e importantes cartões postais de Salvador e a primeira parada é sempre na Ilha dos Frades. Por volta do meio dia o passeio toma o rumo de Itaparica, com desembarque inicial na praia de Ponta de Areia.
O local não tem muita profundidade para a atracação de grandes embarcações e por isso, pequenos barcos vão até a escuna para levar os passageiros à praia. A descida pode demorar um pouco, mas para quem só está aguardando a hora para mais um mergulho, ele pode ser ali mesmo. A água morna convida.
Na praia, restaurantes simples servem iguarias do mar como moqueca de arraia, polvo na chapa e um delicioso camarão à baiana. Feito o lanche ou almoço, pode-se optar por um passeio pelo centro de Itaparica, com tour feito de ônibus. A segunda opção é ficar pela praia e aproveitar o banho de mar. A saída da Ilha de Itaparica acontece às 16h, e a viagem de volta dura em média 1h30.
Além das escunas de turismo que deixam o Terminal Náutico, também é possível navegar pela baía em embarcações menores que zarpam do Terminal Marítimo da Ribeira. Lá existem opções com trajetos mais curtos, que vão até Ilha de Maré e outras ilhas.
Para quem desejar um passeio mais personalizado, com roteiros específicos, as opções são as marinas que existem na Cidade Baixa (Ribeira) e no Comércio, na avenida de Contorno, cujos pacotes podem ser oferecidos pelas diversas agências de viagens.